Descrição e localização dos pontos de controle de qualidade em uma linha de corte de bobinas
INTRODUÇÃO
As linhas de corte em bobinas são instalações que se tornaram gradualmente comuns nas fábricas de embalagens. Inicialmente eram equipamentos de alto preço, que funcionavam como um obstáculo à sua implementação, mas a evidente economia de custos que o seu uso proporciona, tem promovido o seu uso de forma imparável.
Estas economias são particularmente significativas quando se trata de bobinas de corte destinadas à fabricação de tampas ou fundos redondos. As empresas que não podem ter essa instalação dependem de terceiros para realizar essa tarefa.
As linhas modernas incorporam uma série de elementos de controle de qualidade, de modo que, além de cortar as bobinas em folhas, realizam uma tarefa altamente automatizada de controle do material, permitindo inclusive uma classificação das folhas rejeitadas de acordo com o defeito detectado. No entanto, há uma série de parâmetros que devem ser controlados por amostragem por pessoal de qualidade, utilizando equipamento especial.
Já tratámos deste assunto neste site. Nós encaminhamos os nossos leitores para a obra:
– Controle de qualidade em linhas de corte de bobinas
Ele detalha as tarefas de controle específicas a serem realizadas em cada ponto. Não vamos repeti-los novamente como desnecessários. Este novo artigo tenta complementar o anterior, definindo os pontos de controle na linha, seu conteúdo e o tipo de operação. Também adicionaremos um apêndice sobre defeitos de aplanamento em uma bobina.
As linhas de corte são normalmente operadas por duas pessoas, uma é responsável pelas tarefas à cabeça da linha, e a segunda é responsável pela cauda, especialmente pelo acabamento dos fardos de chapas. Parte das tarefas de controlo, que não são executadas automaticamente, podem ser executadas por estes dois operadores. Em cada caso, vamos entrar em detalhes.
PONTOS DE CONTROLE
1: Controle de matéria prima
A.- Identificação da bobina. Esta é a primeira tarefa e é uma operação manual. É realizada à cabeça da linha, e deve ser realizada pelo operador da empilhadeira que a retira do armazém ou, na falta desta, pelo operador principal. Na figura nº 1, que representa uma instalação deste tipo, cada um dos pontos de controlo será posicionado, com uma numeração coincidente com este script
B – Aparência da bobina. Operação manual. Uma vez que a bobina é colocada na plataforma do virador e desembalada, o mesmo operador à cabeça da linha a examina visualmente e dá sua conformidade ou reparos.
Figura No. 1: Pontos de controle em uma linha de corte da bobina.
2: Comprimento de corte, largura da bobina, esquadrejamento e tolerância
Operação manual. Cada vez que uma mudança de medidas é feita, o comprimento, largura e esquadria da folha resultante deve ser verificada. Eles são realizados na mesa de controle. Está localizado nas proximidades da mesa de controle do operador principal. Esta pessoa deve ser a encarregada de realizar estas verificações. No caso de um corte em ziguezague para fundos, a margem ou o passo de crenelação também é controlado neste ponto. Veja a posição 2 do desenho.
3: Aspecto visual da banda
Tarefa pessoal. Na cabeça da linha, antes da operação de corte, são posicionados espelhos que permitem visualizar ambos os lados da banda e verificar o seu estado. É uma tarefa específica, que é realizada pelo operador principal durante o funcionamento da linha. Ele decide instantaneamente o destino – empilhador – fim das seções defeituosas, dependendo do defeito detectado.
4: Espessura
É um controle automático e contínuo da linha, embora seja realizado apenas em um ponto ao longo de todo o comprimento da correia. Fique de olho na espessura dela. Uma vez definida a tolerância mais e menos desejada para este valor, a linha opera por si mesma, contornando chapas fora de especificação em espessura.
5: Buracos
Funcionamento automático e contínuo do equipamento, que é realizado em toda a superfície da correia. Verificar a presença de perfurações na sua superfície. Se algum for detectado, essa secção da bobina é desviada para um empilhador de folhas defeituosas previamente programado.
6: Perfil, arco e seta de corte de lâmina
A – Perfil e arco: Operação manual, que verifica a curvatura da chapa em suas duas dimensões. Dependendo dos seus resultados, pode levar a ajustes no trem de rolos aplainadores da linha. Esta verificação deve ser feita antes do nº 2. Portanto, está ligado ao operador da cabeça de linha e ao lado da tabela de controle.
B – Seta cortante. Verifique as ondulações na borda ou borda de referência da bobina. É verificado manualmente na tabela de controle, ao mesmo tempo que o ponto 2.
7: Amostragem
Para realizar os testes de laboratório (endurecimento, espessura, estanhagem…), que são necessariamente realizados off-line, é necessário recolher uma série de amostras retiradas de algumas folhas já cortadas. Esta é uma tarefa manual que pode ser feita até ao operador de fim de linha. Os meios necessários para preparar as amostras devem ser localizados no final da instalação, onde as folhas cortadas estão mais prontamente disponíveis. O equipamento adequado é uma prensa pequena, com uma ferramenta de corte simples, que corta os espécimes adequados.
8: Espessura, ângulo de elasticidade e dureza
Todas estas operações manuais são realizadas fora de linha e a partir das amostras recolhidas no ponto 7. Podem ser realizados em laboratório, embora se você quiser fazer o teste mais rápido, o que é muito conveniente caso você precise parar a operação de corte e bloquear a bobina, é aconselhável realizá-los nas proximidades da instalação, em um espaço adequadamente preparado para receber um durômetro, micrômetros e um medidor para verificar o ângulo de elasticidade. Este equipamento deve ser protegido contra poeira, ruído e vibrações, por isso deve estar localizado em uma cabine ou área fechada.
Também é possível optimizar a mão-de-obra através do treino adequado do operador de cauda de linha para efectuar estas verificações. Para isso, a operação de embalagem de pacotes deve ser suficientemente automatizada para liberar tempo para que essa pessoa possa realizar essa tarefa.
CONTROLES
Como resumo do que já foi comentado simultaneamente aos pontos de controle, refletimos na tabela a seguir, os parâmetros a desenvolver em cada ponto de controle e o tipo de operação necessária para esse controle.
A operação pode ser estendida a 100% do material, se for realizada automaticamente pelo equipamento, ou por amostragem estatística, quando for realizada manualmente por um dos operadores da instalação.
Gráfico de controles da linha de corte da bobina
DEFEITOS E CAUSAS DE MAU APLAINAMENTO
Como anexo a este trabalho, incluímos uma tabela resumida dos defeitos mais típicos que podem resultar de uma má laminação da bobina. Em geral, estes podem ser compensados com ajustes apropriados através do equipamento de achatamento de linha, constituído por um trem de rolos.
0 comentários