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DETERMINAÇÃO DO CORTE DE UM TAMPÃO DE FUNDO

SÍNTESE

Algumas idéias sobre como determinar com precisão o corte de metal plano para uma configuração de fundo. Este sistema é adequado para qualquer tipo de fundo ou tampa, redondo ou não, e é baseado na prática.

INTRODUÇÃO

A determinação exacta do valor de corte do material necessário para formar uma base de recipiente metálica depende de muitos factores que afectam o seu valor, tais como: desenho da base, tipo de material a utilizar (folha-de-flandres, alumínio, TFWS…), dureza e qualidade do material, aplicação ou não de verniz nas suas faces, utilização de lubrificação, etc.

Portanto, não é uma tarefa que possa ser realizada apenas por um procedimento teórico, utilizando fórmulas mais ou menos complexas, será sempre necessário recorrer à verificação prática do cálculo. Uma maneira de fazer isso é descrita abaixo. Este procedimento não é o único que pode ser utilizado, mas é apoiado por muitos anos de experiência, sempre com bons resultados.

Os passos a seguir seriam:

1º – Determinar o valor teórico aproximado do diâmetro de corte, para este fim pode ser seguido o seguinte processo:

– Definir a forma geométrica do perfil de fundo de acordo com o seu destino.

– Calcular o comprimento da fibra média da secção deste perfil, seguindo uma determinação geométrica simples do comprimento da ondulação, da flange, do canal e do painel deste fundo. O painel central do fundo pode ser considerado como se fosse plano. Ver figura nº 1

– O ligeiro aumento na profundidade do anel ou da camada é insignificante, uma vez que é conseguido esticando o metal.

– Quanto à altura da ondulação exterior, deve ser tomado o valor mínimo esperado para o cálculo. Ou seja, com a tolerância mínima, o intervalo é normalmente de 0,2 mm.

2º – Construa o molde de fabricação para este fundo, mas não completamente. As peças centrais podem ser acabadas, ou seja:

No topo pode terminá-los:

– Centro do soco

– Ejector

– Peças complementares (calços, porta-punção, etc.)

No fundo pode terminá-los:

– Centro de Matriz Interior

– Centro de Matriz

– Peças complementares (Base de ferramentas, etc.)

– Sistema de baixa pressão

As peças, cuja parte das suas medidas é função do valor do corte, só podem ser acabadas nas dimensões que as mesmas não a afectem. Portanto, as medidas internas serão usinadas e retrabalhadas, mas as medidas externas das seguintes partes serão deixadas em bruto:

No topo:

– Punch (Deixe o diâmetro externo do lábio de corte sobredimensionado)

No fundo:

– Anel de engomar (Permitir que o diâmetro externo do lábio seja sobredimensionado)

– Lâmina de corte: (Deixe a área do fio de corte sob medida)

Isto significa que estas peças inacabadas não podem ser tratadas com calor por enquanto.

O botão de corte não deve ser feito até mais tarde.

Deve ser preparado um anel para reter o anel de engomar durante os testes, actuando como lâmina de corte a este respeito. A sua altura deve ser inferior à da lâmina de corte, para que não interfira com o lábio do punção durante os testes.

Este material será usado para montar um molde de teste temporário.

Figura nº 2: Partes de um molde de fundo

3º – Algumas folhas de material serão preparadas com as mesmas características que posteriormente serão utilizadas para a fabricação do fundo. Ou seja, terão a mesma espessura, revenimento, envernizamento, lubrificação, etc., que as especificadas para este uso.

4º – Numa delas, com a ajuda de uma bússola ou ferramenta similar, será desenhada uma circunferência com o diâmetro teórico calculado do corte da forma mais precisa possível.

5º – Este disco será cortado manualmente, por exemplo usando uma tesoura de corte de metal, com a ponta curva afiada. A borda cortada pode ser levemente lixada para suavizar quaisquer irregularidades. O valor real do diâmetro do disco obtido deve ser medido com precisão. Meça-o em vários pontos e tome a média aritmética desses pontos.

6º – Em uma prensa de teste, a ferramenta deve ser montada nas condições descritas acima. Se uma prensa de teste não estiver disponível, pode ser usada uma prensa manual de pescoço de ganso. Com outros cortes de disco do material preparado levemente, verificar se o coto está funcionando corretamente e se a montagem da tampa está correta na altura da tigela. Se necessário, serão feitos os ajustes que forem necessários.

7º – O disco preparado com precisão será posicionado à mão com o maior cuidado possível sobre o anel de engomar, certificando-se de que esteja bem centrado e que o fundo seja pressionado.

8º.- Faça as medições do fundo resultante, verificando se está tudo dentro da faixa especificada. A medida chave é a altura do enrolamento externo da asa. É praticamente impossível que o seu valor seja uniforme ao longo de todo o contorno do fundo, pelo que será tomado pelo menos oito pontos a 45º e será tomada a média aritmética das leituras.

9º.- Este valor médio real da altura de encaracolar será comparado com o valor mínimo teórico que o fundo deve ter. Logicamente, haverá sempre uma diferença. O dobro desta diferença será o valor pelo qual o corte teórico inicialmente calculado deve ser corrigido.

10º – Repetir todo o processo a partir do novo corte corrigido, até atingir o valor desejado. Normalmente, à terceira vez é alcançado o resultado certo.

11º – Acabar completamente o molde a partir do corte verificado.

Embora este trabalho seja um pouco lento e árduo, vale a pena porque os resultados a que conduz são os mais satisfatórios.

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