O primeiro barômetro de Fábricas Avançadas (AF) sobre Automação e Robotização coloca a indústria espanhola em último lugar no uso de IA nos processos de produção. Os Estados Unidos, a China e o Japão estão na vanguarda de uma tecnologia que revolucionará a manufatura avançada com sua capacidade de simular e prever falhas e de transformar a maneira como interagimos com a tecnologia e a linguagem com IA generativa e LLMs – “Large Language Model” – que melhorarão a eficiência em todas as áreas de negócios, desde a manufatura até as operações, distribuição e vendas.

Os resultados do barômetro são resultado de uma pesquisa com mais de 27.000 gerentes e profissionais presentes na Advanced Factories 2024. Especificamente, a indústria espanhola obteve uma pontuação de 6,5 de 10 no grau de autonomia industrial. Esse número é alcançado graças às iniciativas promovidas pela Europa e pela Espanha nos últimos anos para reindustrializar o território e alcançar a autossuficiência na fabricação de ativos importantes, como microchips.

Na Espanha, 30% dos robôs instalados estão no setor automotivo, seguido pelo setor de máquinas-ferramenta e pelo setor de alimentos e bebidas, de acordo com dados da AER (Associação Espanhola de Robótica). No entanto, o grau de implementação de robôs em PMEs industriais ainda está longe do nível desejado. Para isso, a Advanced Factories e a AER promoveram o programa Robot Start SME, cujo objetivo é que cada PME desrobotizada incorpore seu primeiro equipamento.

Os setores também precisarão considerar o gerente de fábrica como mais relevante do que são hoje, com o objetivo de tornar a transformação digital aplicável a todas as áreas da organização.

 Vivemos em uma era de hiperconectividade e com uma grande maioria de componentes eletrônicos, portanto, proteger esses sistemas é fundamental, algo que é um desafio pendente para os CISOs do setor industrial, que devem adaptar as estratégias de segurança cibernética a esses novos processos.

Os profissionais da indústria pesquisados também apontam a descarbonização como outra das tarefas pendentes para a indústria espanhola, a fim de atingir os objetivos do Pacto Verde Europeu até 2050. Nessa seção, o hidrogênio verde poderia ser fundamental para substituir os combustíveis fósseis e reduzir o CO2 liberado na atmosfera.