A inovação em embalagens de bebidas e alimentos é a tarefa inacabada do setor, de acordo com um relatório recente da Industrial Physics. As operações internas e os negócios do dia a dia tiram tempo do trabalho mais específico em inovação.

Esse relatório, intitulado “Exploring Innovation in 2023” (Explorando a inovação em 2023) e publicado no ano passado, constatou que a maioria dos profissionais de embalagens de diferentes setores, como alimentos e bebidas, apoiava a inovação e considerava importante estar ciente dos novos desenvolvimentos nesse campo. Isso reflete uma tendência geral no setor e na mídia, onde há uma corrida para ser pioneiro em inovação e consequências para aqueles que não o fazem. Mas o que exatamente está acontecendo no setor de embalagens de alimentos e bebidas?

De acordo com os especialistas, pouco mais de um quinto (22%) dos entrevistados afirma que sua empresa não costuma dar continuidade às suas ideias inovadoras. De acordo com a Industrial Physics, isso ocorre devido a vários fatores.

Por um lado, devido à habilidade e ao tamanho da empresa. Quando perguntados sobre a situação de seus negócios nos últimos cinco anos, quase metade dos entrevistados (47%) respondeu que teve de fazer demissões. Esse número é maior entre os entrevistados dos EUA, 58%, em comparação com uma média de 44% na Europa e 45% na Ásia. Os especialistas sugerem que isso pode ocorrer porque as empresas estão usando as tecnologias para simplificar as operações ou para economizar dinheiro com a redução de pessoal.

Por outro lado, a possibilidade de adquirir conhecimento ou habilidades por meio da participação em uma atividade ou evento.

Industrial Physics, destaca nesse relatório a importância da experiência no processo de inovação. Constatou-se que 35% dos profissionais que trabalham com materiais orgânicos consideram a falta de experiência como um obstáculo à inovação. Para superar essa lacuna de conhecimento, 61% dos entrevistados dos EUA buscam apoio externo para inovar, enquanto apenas 39% na Alemanha fazem isso. No entanto, os americanos confiam mais em seus conhecimentos internos para impulsionar o crescimento e a inovação.

Em um relatório recente, Steve Davis, chefe global de gerenciamento de produtos, observou que nos EUA eles tendem a optar por operações mais dinâmicas, o que pode levá-los a buscar um parceiro. Elas geralmente estão cientes de suas limitações e buscam apoio de parceiros externos no curto prazo em vez de contratar pessoal de longo prazo.

Tecnologia sim, inovação não

Além disso, as empresas alocaram parte de seu orçamento para a aquisição e implementação de novas tecnologias. Esse investimento visa melhorar os processos internos e externos, otimizar o uso de recursos e aumentar a competitividade no mercado. A empresa espera um retorno positivo de longo prazo com essa decisão.

A pesquisa da Industrial Physics descobriu que 60% dos especialistas com mais de cinco anos de experiência em seus cargos dizem que sua empresa está investindo adequadamente em novas tecnologias, enquanto apenas 47% dos que têm menos de cinco anos pensam o mesmo.

De acordo com especialistas, isso pode ser devido à experiência e ao desejo de explorar novas opções. No entanto, dadas as diversas possibilidades de aplicação entre as duas tecnologias destacadas na pesquisa – aquisição de dados e análise de dados – é importante perguntar que tipo de orientação e treinamento deve ser fornecido para garantir que as empresas tomem decisões informadas e não percam oportunidades potenciais de eficiência.

A capacidade de agir rapidamente e aproveitar as oportunidades para implementar novas ideias ou avanços no campo da inovação é destacada positivamente.

Então, que implicações isso terá para a inovação nos próximos anos?

Apesar dos desafios relacionados a esses aspectos, há uma possibilidade de progresso em termos de inovação, com 41% dos especialistas afirmando que suas empresas têm planos de adotar uma abordagem inovadora nos próximos três anos. Além disso, as organizações precisam realizar um planejamento e uma avaliação completos de suas operações internas para tomar decisões cuidadosas e bem pensadas sobre quais oportunidades de inovação devem ser aproveitadas. Em última análise, isso ajuda a garantir a qualidade e a segurança exigidas em todos os setores.