A indústria do alumínio está empenhada na formação profissional para jovens mulheres
Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, destacar o número de opções disponíveis para apoiar as jovens mulheres que desejam entrar no campo do alumínio.
As empresas que oferecem cursos e programas educacionais para os recém-chegados ao sector estão a contribuir para o desenvolvimento pessoal, bem como a valorizar a empresa. Estas iniciativas permitem a incorporação de talento na organização e podem acrescentar grande valor. A formação é uma estratégia chave para mitigar a disparidade económica entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para o quarto trimestre de 2022, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o número total de jovens empregados com 14 anos ou mais era de 99.300 no período (57,1% homens x 42,9% mulheres). 8.500 desempregados (45,6% homens e 54,4% mulheres).
Desde 2020, a empresa Brasileira de Alumínio (CBA), que opera em todos os elos da cadeia do alumínio, tem vindo a promover cursos técnicos gratuitos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Através de um processo de formação e certificação, a empresa conseguiu abrir as suas portas a mais de 400 mulheres, que já se tornaram trabalhadoras em quatro fábricas diferentes localizadas nos estados brasileiros de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pernambuco.
“O projecto promove a estratégia ESG da CBA, que valoriza a diversidade, equidade e inclusão na mineração e metalurgia. Para participar, os inscritos devem ter pelo menos 18 anos e ter concluído o ensino secundário”, disse Andressa Lamana, directora da DHO, Sustentabilidade, HSE e Comunicação.
Para atrair novos talentos, a empresa organiza também programas anuais de estágio e de aprendizagem. Actualmente, 58% são estagiários e 51% são aprendizes. Entre o pessoal geral, 17% são mulheres, uma taxa 2,7% mais elevada do que em 2021.
“A ideia não é apenas atrair e incluir as mulheres, mas também que a interseccionalidade procure outras características de identidade e promova as carreiras das pessoas de grupos sub-representados, para que possam evoluir profissionalmente num ambiente participativo, acolhedor e promotor de equidade”, disse ela.
A Hydro iniciou uma importante iniciativa para tentar aumentar a participação das mulheres no local de trabalho. A empresa com sede na Noruega, com actividades dentro da indústria do alumínio, atingiu 46% das mulheres empregadas em 2022. O seu principal objectivo para 2025 é aumentar este número para 25 por cento.
No Brasil, as acções da empresa para alcançar o objectivo incluem a criação de um programa de estágio especificamente dirigido a pessoas que se identificam com o género feminino e os programas de Estágio e Jovem Aprendiz com pelo menos 50% de mulheres entre os seleccionados.
Nelia Lapa, vice-presidente de Recursos Humanos e Comunicação da Hydro Brasil, declarou que “promovemos internamente profissionais nas operações da refinaria da Alunorte e da Albras. A proposta é que as mulheres qualificadas preencham estas vagas”. O sector industrial continua a ser dominado pelos homens, mesmo na indústria do alumínio, mas estamos a trabalhar para alterar esta situação”.
A empresa tinha recentemente aberto algumas oportunidades de emprego especificamente para mulheres com carreiras em áreas como Mecânica, Elétrica, Civil, Automação, Química ou Produção. Foram recrutadas um total de 14 pessoas para preencher estes cargos, para os quais nem a experiência nem os conhecimentos de inglês constituíam um pré-requisito.