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Información Técnica

Controle de umidade em armazéns de embalagem

Como todos sabemos, um dos principais problemas para os embaladores é a corrosão das latas.

A corrosão do aço é um fenômeno bem conhecido, mas na embalagem, é preocupante porque, na melhor das hipóteses, leva à rejeição comercial por parte dos distribuidores e consumidores.

Sabemos que é praticamente impossível para um recipiente de aço com verniz externo, que deve ser protegido de agressões externas, manter o filme de verniz intacto após o manuseio e processamento dos recipientes, devido ao fato de sofrerem fricção e golpes entre eles durante as diferentes operações de fabricação e processamento.

Se os recipientes forem devidamente tratados, nenhuma corrosão externa deve aparecer apesar destas inevitáveis agressões externas, mas em muitos casos, as corrosões aparecem e precisamos saber como evitá-las nos diferentes pontos onde elas podem aparecer.

Eles ocorrem mais comumente em armazéns de produtos acabados, e o controle da umidade ambiente nesses armazéns é um dos principais fatores a serem controlados para evitar a corrosão.

O ar ambiente sempre contém vapor de água. Sob a influência de elementos climáticos e suas variações, este vapor de água causa vários fenômenos, como por exemplo:

  • Corrosão eletroquímica, ferrugem, inibidores de corrosão
  • Hidrólise de certos produtos.
  • acidentes elétricos (curto-circuitos, contatos ruins, etc.)

No interior das embalagens e armazéns, a condensação se deve essencialmente às quedas de temperatura, que fazem com que a atmosfera interior se deprima, favorecendo a entrada de ar úmido do exterior.

As causas dos aumentos e quedas de temperatura são diversas, e podem ser causadas por elas: Variações dia-noite ou sazonais. variações climáticas (por exemplo, durante o transporte) ou variações devido à proximidade de equipamentos geradores de calor intermitentes (por exemplo, motores de partida e parada, unidades de ar condicionado, etc.) ou umidade (por exemplo, entradas de vapor úmido das plantas de produção, etc.),

A experiência tem mostrado que fenômenos prejudiciais ocorrem quando a umidade relativa do ar interior excede 30 % de umidade à temperatura de 18°C. Portanto, é essencial manter a umidade sob controle ou pelo menos tomar as medidas necessárias para evitar a formação de fenômenos como os mencionados acima.

Para fixar a umidade, é utilizado um agente desidratante capaz de absorvê-la e retê-la. O desidratante não deve ser nocivo e não deve deteriorar o material ou produto que se destina a proteger. Para uso prático, o desidratador é embalado em papel permeável ou sachês de tecido.

GRAU HIGROMÉTRICO. –

O grau higrométrico, ou umidade relativa do ar, é definido pela relação entre a quantidade de vapor de água no ar a uma determinada temperatura e a quantidade máxima que satura o ar à mesma temperatura. Geralmente é expresso como uma porcentagem.

Por exemplo: a 25°C, o ar saturado (100 % de umidade relativa) contém 23 g de água por m3. Com a mesma temperatura e uma umidade relativa de 50%, um m3 de ar contém apenas 11,5 g (logicamente, metade).

Chama-se ponto de orvalho, a temperatura “Tr” na qual o ar tem que ser resfriado para ver aparecer a primeira gota de água condensada.

A umidade relativa do ar à temperatura “Tr”, ou ponto de orvalho, é de 100 %.

Por exemplo, o ar contendo 23 g de água por m3 a 38°C pode ser resfriado a 25°C, temperatura em que será saturado e aparecerão os primeiros sinais de condensação.

Quanto maior o teor de vapor de água ou quanto maior a queda de temperatura, maior o risco de condensação.

Exemplo: A uma temperatura de 35ºC, 1 m3 de ar contém:

  • 7,88 g de vapor de água a 20 % RH
  • 19,8 g de vapor de água a 50 % RH
  • 29,5 g de vapor de água a 75 % RH

Com estas quantidades de vapor de água, a condensação se formará se a temperatura cair para abaixo de zero:

  • 7ºC para um peso de vapor de água de 7,88 g (gota de 28ºC)
  • 23ºC para um peso de vapor de água de 19,8 g (queda de 12ºC)
  • 30ºC para um peso de vapor de água de 20,5 g (gota de 5ºC)

AGENTES DESIDRATANTES.

Os desidratadores são produtos que, quando utilizados sob certas condições, absorvem o excesso de vapor de água trancado dentro da embalagem.

Os desidratadores devem atender as seguintes normas:

  • NF H 00320 Norma Francesa
  • MIL D 3464 Norma Americana
  • DIN 55473 Norma alemã

UNIDADE DESIDRATANTE.

A unidade francesa de desidratação, DU, é a quantidade de desidratante capaz de absorver a uma temperatura de 20 ± 3°C, qualquer uma das seguintes umidades:

  • 100 g de vapor de água a uma umidade relativa de 40 %.
  • 80 g de vapor de água a uma umidade relativa de 30 %.
  • 60 g de vapor de água a uma umidade relativa de 20%.

A unidade desidratante francesa (1 DU) é ligeiramente superior a 16 unidades americanas (MIL D 3464) e 16 unidades alemãs (DIN 55733).

TABELA CLIMÁTICA

Nesta tabela I, a temperatura ambiente seca é especificada na coluna da esquerda. Na parte superior, a % de umidade relativa é exibida em etapas de 10%.

Para cada temperatura, e % RH, a quantidade de água contida no ar nestas condições é dada em gramas de água/m3 na tabela correspondente.3 de ar (na parte superior) e a temperatura na qual esse ar se satura, atingindo assim o ponto de orvalho e a condensação da água. Assim, por exemplo, para uma temperatura seca de 25°C e uma HR de 50%, o ar contém 11,52 gramas de água/m³ e a temperatura em que essa água condensaria seria 14°C, ou seja, se a temperatura cair 11 graus, a condensação poderia começar. Por outro lado, se o RH fosse 80%, o ar conteria 18,43 gramas de água por m³, e essa água condensaria a 21ºC, ou seja, apenas uma queda na temperatura de 4ºC causaria o início da condensação.Sabendo disso, é necessário controlar a temperatura e umidade nas adegas e nas embalagens dos recipientes, a fim de conhecer as condições disponíveis, e assim colocar meios para evitar a condensação nos recipientes e problemas de corrosão, que causam rejeições no mercado e, portanto, perdas econômicas consideráveis.

Atualmente, há equipamentos que medem a temperatura e umidade continuamente ou em determinados intervalos de tempo, e muitos deles fornecem software que indica o risco de condensação de umidade (ou ponto de orvalho), tornando relativamente fácil o controle deste tipo de problema em armazéns.

DATALOGGER

Hoje em dia, existe um equipamento de medição contínua de umidade relativa e temperatura, com download por computador, que, por menos de 100 euros, armazena estas informações por vários meses, dependendo da freqüência de medição estabelecida, e que, em muitos casos, possui até mesmo um software que permite a análise de dados e avaliação do risco de condensação devido ao ponto de condensação.

José Fco. Pérez Gómez

Conselheiro Mundolatas

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